2023 bateu recorde em números de participação feminina, o maior desde 2012

Desde os primórdios da Revolução Industrial até os dias atuais, as mulheres têm lutado por seu espaço e reconhecimento no mercado de trabalho. Esse processo evolutivo, tem passado por transformações significativas nos últimos anos, marcado por avanços significativos, desafios persistentes e conquistas notáveis, moldando a presença feminina em todos os setores profissionais.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem acompanhado de perto esse processo de evolução, buscando promover políticas e ações que garantam a igualdade de oportunidades e o pleno exercício dos direitos trabalhistas para todas as trabalhadoras.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad), o ano de 2023 fechou com o maior número de pessoas ocupadas desde 2012, com 100.984.563 trabalhadores ativos. Um recorde histórico também de ocupação feminina totalizando 43.380.636 mulheres, a frente de 2022 que obteve 42.675.531.

A região com o maior número de mulheres trabalhando foi o Sudeste, totalizando 20.022.406 trabalhadoras, seguida pela região Nordeste com 9.332.860, e o Sul com 7.023.526, respectivamente. O ranking dos estados com maior presença feminina no mercado de trabalho ficou com São Paulo (10.953.039), seguido por Minas Gerais (4.551.144) e Rio de Janeiro (3.633.250).

Quando desmembramos os dados em setores, vemos as mulheres ocupando mais áreas de “Educação, saúde humana e serviços sociais”, com 9.683.770 trabalhadoras, seguido pelo setor de “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas” (7.938.651) e, por fim, “Serviços Domésticos” (5.538.947).

Enquanto o número de homens nessas mesmas esferas são: 3.340.163, 11.184.249 e 540.797, respectivamente. Com destaque para o último setor listado, onde juntamente com “Alojamento e Alimentação”, são os dois únicos campos com presença feminina maior que a masculina.

Porém, o destaque feminino é evidente nos cargos de “Ciências e Intelectuais”, conforme aponta o Pnad. Embora os homens ainda dominem os cargos de “Direção e Gerência” e “Membros das Forças Armadas”, as mulheres se destacam quando o assunto é “Pessoas ocupadas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, contabilizando 7.608.642 profissionais em 2023, em comparação com os 5.365.989 homens na mesma área.

Apesar dos avanços, desafios persistem. As mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho, mas ainda lutam por igualdade de direitos. Embora a Igualdade salarial entre mulheres e homens esteja prevista desde 1943 na CLT, essa Lei não vem sendo cumprida pelos empregadores.

A Lei 14.611/2023, sancionada pelo presidente Lula, está buscando que seja possível um novo avanço por meio da transparência de informações das empresas, que permitirá que as mulheres e homens discutam salários, igualdade, alcançando mais rapidamente um mundo mais justo e igualitário.

Lutar pela igualdade salarial é dever de todos. E uma pauta do MTE, que luta para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas, reafirmando seu compromisso em promover a igualdade de oportunidades e combater todas as formas de discriminação no mercado de trabalho.

A evolução é um processo contínuo e dinâmico, que requer o engajamento de toda a sociedade. Ao reconhecer as conquistas alcançadas e enfrentar os desafios que ainda persistem, é possível construir um futuro em que todas as mulheres possam exercer plenamente seus direitos e contribuir de forma significativa para o desenvolvimento econômico e social do país. O Ministério do Trabalho e Emprego está comprometido em fazer sua parte nesse processo de transformação, por meio de políticas de inclusão, capacitação profissional e sensibilização, buscando criar um ambiente de trabalho melhor para todas as trabalhadoras brasileiras.

Fonte: Portal Gov.br ( https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/noticias-e-conteudo/2024/Marco/mulheres-no-mercado-de-trabalho-uma-evolucao-constante-rumo-a-igualdade )

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