Uma pesquisa nacional concluiu que as melhores cidades brasileiras para abrir um negócio não são as capitais.
Os jovens se conheceram na faculdade de Engenharia da Computação e foram estimulados a empreender. Grupos assim podem fazer toda a diferença. É o que a gente vai mostrar: uma ideia de sucesso que nasceu na Unicamp, em Campinas.
Eles criaram um programa de computador que aumenta a produtividade das máquinas nas indústrias. Operadores virtuais que já atendem 25 empresas nacionais e multinacionais. “A Unicamp tem um viés tecnológico que foi muito importante para criar essas empresas de alta tecnologia, diz o engenheiro Danilo Halla.
E o município também faz a parte dele. “Existe um fluxo especial para essas novas empresas de tecnologia na cidade de Campinas para ajudar a abrir, ajudar a pagar impostos”, explica o engenheiro Igor Santiago.
A cidade é a terceira mais bem colocada na pesquisa que avalia o empreendedorismo no Brasil, atrás apenas de São Paulo e Florianópolis. O desempenho dos municípios do interior chama a atenção. Seis estão entre os dez melhores para se abrir um negócio.
Grandes capitais registraram queda. Muitas das vantagens que o empreendedor encontra hoje em algumas cidades do interior, não vê em grandes capitais, como o Rio de Janeiro, por exemplo. No centro da cidade, uma creperia já está com os dias contados. Vai fechar antes de completar três anos.
“A gente sempre ouve que é muito difícil, mas foi dez vezes mais difícil”, diz a empreendedora Anna Beatriz Machado.
Anna reclama que foi complicado abrir a empresa no Rio. “Ou você está aqui gerenciando o seu negócio ou você tá vendo a papelada, então é muito trabalhoso”, explica.
A burocracia é de fato um problema. O Rio é a cidade que mais altera as regras dos impostos municipais: foram 59 mudanças em um ano. Joinville, em Santa Catarina, faz exatamente o contrário para atrair investidores, e hoje é a quarta cidade mais empreendedora do Brasil.
É lá que a família de Leonardo Castelo tem um supermercado que especializado em produtos de limpeza. Em quatro anos abriram mais 140 lojas. “Quanto mais rápido você tiver essa velocidade para começar logo o negócio e ainda com a cidade com o perfil empreendedor de preparação, o sucesso é quase garantido”, conta Leonardo.
“Se a sociedade brasileira desse atenção pra isso, não porque é bom pro empresário, mas porque é bom pro desenvolvimento, pra geração de empregos, pro país, talvez a gente estivesse menos suscetível a uma crise como a que a gente tá vivendo agora”, avalia diretor-geral do Endeavor, Juliano Seabra.

Fonte: G1