O acesso ao crédito garante a expansão dos negócios, mais oportunidade de empregos, incremento de estoques, melhor atenção ao fluxo de caixa e novos investimentos em equipamentos. Contudo, para a indústria brasileira, em especial as pequenas, contar com empréstimo está cada vez mais difícil. Prova disso é o último Panorama da Pequena Indústria, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria – CNI, que especificou que os três setores – construção, transformação e extração – vêm encontrando impasses para conseguir recursos que os auxiliem a manter seus negócios em pé.

 

Ainda de acordo com o relatório, houve queda no Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias, no quarto trimestre de 2022, se comparado ao período anterior. O indicador marcou 43 pontos, 0,7 a menos que no terceiro trimestre. Em relação ao mesmo período de 2021, ficou praticamente estável, com queda de 0,1 ponto.

No que diz respeito ao crédito, a situação se dá por cautela das instituições financeiras, vez que o risco para concessão de empréstimos e financiamentos tem aumentado. Ademais, neste momento, não existe nenhuma linha de crédito com taxa de juros favorecida ou um tipo de garantia, como fundo de aval, por exemplo.

Principais entraves

Além da dificuldade de obter crédito, outro destaque da pesquisa é que, nos últimos três meses de 2022, as indústrias encontraram como entraves principais para seus respectivos progressos a alta da taxa de juros, o que reflete diretamente no custo da tomada de empréstimo, óbvio, e a elevada carga tributária.

Dessa forma, o cenário é de desestímulo a novos investimentos, com o Índice de Confiança do Empresário recuando para 48,8 pontos em janeiro de 2023, uma queda de 1,9 pontos em comparação com dezembro.

Essa é a primeira vez desde julho de 2020 que o empresário de pequeno porte relata falta de confiança.

Acesso ao crédito

Para a CNI, o acesso ao crédito é essencial para a evolução das micro e pequenas empresas – MPEs, tanto para a reestruturação quanto para a expansão dos negócios. Tanto é que, juntamente com a Federações de Indústrias, a Confederação possui um Núcleo de Acesso ao Crédito – NAC desde 2015, o qual tem por objetivo cooperar com o desenvolvimento do segmento fabril brasileiro.

Dessa forma, o NAC fornece produtos, serviços e apoio para que micro, pequenas e médias empresas possam encontrar o rumo certo na tentativa de obter a linha de crédito mais apropriada para o perfil do empreendimento. Vale destacar que o núcleo não é uma instituição financeira, portanto não concede crédito, mas auxilia a empresa a encontrar recursos no mercado.

Da Redação do Portal Dedução

 

Danielle Ruas

Fonte: Portal Dedução